segunda-feira, 2 de abril de 2012

Chico Anysio e a hipocrisia global...

 
Em menos de uma semana, o país perdeu dois grandes nomes das artes. Sem Chico Anysio e Millôr Fernandes, ficamos mais sem graça, como já disseram por aí.
 
Millôr foi genial muito como escritor, jornalista e ilustrador. Mas nunca flertou com a tevê. Já Chico Anysio, o maior criador de tipos da história, fez da televisão sua principal vitrine, na qual presenteou o público com seus mais de 200 personagens.
 
Homenagens a ambos, justíssimas, não faltaram nos últimos dias.
 
Obviamente, por ter sido sua casa por décadas, Chico Anysio ocupou lugar de destaque na Rede Globo – e em quase todos os canais a cabo da empresa (o Viva, aliás, reprisa a Escolinha do Professor Raimundo diariamente).
 
Assisti ao Jornal Nacional do dia 23, data da morte do humorista (o telejornal marcou 36 pontos no ibope, sua melhor marca este ano). Entre as várias matérias exibidas, uma apresentou a trajetória dele. E aí...
 
Quando chegou ao trabalho de Chico Anysio nos anos 90, a repórter Sandra Moreyra disse que ele chegou a deixar o país por estar “insatisfeito com os rumos do humor no Brasil”.
 
Sei... Foi isso Mesmo ou Chico estava infeliz por ter sido colocado de lado pela própria Rede Globo?
 
A contar de meados dos anos 90, quando a edição vespertina da “Escolinha” saiu do ar e perdeu espaço para Malhação, o humorista nunca mais teve uma atração fixa na emissora. Passou a viver de participações em novelas e outros programas, além de um ou outro especial.
 
Tanto que, em 2008, Chico Anysio recebeu uma homenagem de Rodrigo Scarpa e Wellington Muniz - a dupla Vesgo e Silvio do Pânico na TV. Eles cobraram sua volta aos humorísticos globais, criando a campanha “Volta Chico!”, endossada pelo próprio comediante.
 
Tem gente na Globo com a memória fraca...
 
Fonte: Fábrica de Quadrinhos

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