domingo, 27 de novembro de 2011

CBF - Corinthianos Bandidos e Flamenguistas


Andrés Sanchez foi egoísta.

Pensou nele, antes mesmo do seu amado Corinthians.

Ao aceitar o cargo de diretor de seleções a duas rodadas do final do Brasileiro...

Ele colocou sob suspeita o clube que preside.

Assim como o Campeonato Nacional de 2005 tem a sombra da MSI, de Kia.

Se o Corinthians for campeão, não sairá ileso.

Pelo contrário.

A aura do favorecimento em nome de Andrés ficará para sempre.

Afinal, para quem consegue do nada um estádio de R$ 1 bilhão...

Um de mero título de campeonato significa pouquíssimo.

Os árbitros dos jogos contra Figueirense e Palmeiras devem pensar.

Agradar ou não o primeiro homem na sucessão de Teixeira?

A situação é quase a mesma se o presidente da CBF fosse o comandante do Vasco.

Quem erraria contra o seu time faltando duas rodadas para o Brasileiro acabar.

Andrés sabia que o cargo era seu há muito tempo.

Não convence ninguém que foi um arroubo de paixão o que aconteceu ontem no Rio.

Mesmo se fosse.

Qual o problema de aceitar em janeiro, quando não teria cargo algum?

E deixasse o Brasileiro seguir o seu rumo?

Não.

Tanto Teixeira quanto Sanchez quiseram apenas mostrar poder.

Que fazem o que desejam com o futebol do país na hora que bem entendem.

Os efeitos colaterais da indicação são enormes, profundos.

Afetam muito mais do que a credibilidade um mero campeonato.

A seleção brasileira, por exemplo.

Como se fosse personagem de videogame, Mano Menezes ganhou sete vidas.

Ele só será mandado embora se for ruim demais.

Poderá seguir errando, deixando o time sem base.

Convocando jogadores sem talento à vontade.

Andrés é apaixonado por Mano Menezes.

Para ele, ninguém no mundo entende tanto de futebol quanto o treinador.

O presidente do Corinthians chorou ao entregá-lo à seleção.

E olha que foi ele quem o indicou.

Insistiu durante toda a Copa da África para Teixeira levá-lo.

Com Andrés como diretor de seleções, Mano respirará tranquilo.

Deverá ficar até 2014.

Mesmo que continue fazendo um trabalho fraquíssimo.

Há até o discurso preparado.

Se o Brasil perder a Copa do Mundo, como o Corinthians perdeu a Libertadores com Mano e Ronaldo.

"Coisas do futebol", como repetiram como irmãos siameses Andrés e Mano.

A nomeação de Andrés também colocará sob questionamento os jogadores corintianos.

Cada um deles que for convocado despertará estranhamento.

Mesmo se surgir um novo Pelé com 18 anos no Parque São Jorge.

Como não questionar a sua convocação?

Ou mais ridículo ainda.

Para tentar provar honestidade, os corintianos passam a ser banidos da seleção.

Andrés foi egoísta demais.

Mal o cargo caiu no seu colo, ele fez questão de dar uma coletiva.

E já mostrou que pensa que o que vale é a sua opinão.

O Brasil é formado por marionetes que não pensam.

O sorriso, as piscadas, as baforadas de quem acha que só ele é esperto.

Outra consequência da nomeação afetará o Itaquerão.

Agora ficará ainda mais fácil para uma estatal colocar R$ 300 milhões nos cofres corintianos.

Apenas para batizar o Itaquerão.

Digamos Itaquerão Petrobras, por exemplo.

Ou Itaquerão Bando do Brasil.

Perdão... Itaquerão Banco do Brasil.

Ficará até mais fácil para o Itaquerão Emirates ou Itaquerão Nike.

Patrocinadores ficarão sabendo que colocando dinheiro no Corinthians...

Fazem carinho em Andrés...

No segundo homem do futebol do país...

Quem não quer ficar bem com o sucessor de Ricardo Teixeira?

Copa do Brasil, Campeonato Paulista...

E mais...

Todos os torneios no país são organizados pela CBF.

O orgulho do presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo é se dar bem demais com a entidade.

Como será o tratamento dispensado ao Corinthians em 2012 com Andrés no novo cargo?

Andrés pensou apenas nele.

Caiu no jogo de Ricardo Teixeira.

É o seu homem de confiança, seu sucessor.

Esqueceu o Corinthians.

E terá de arcar com as consequências por tanto egoísmo...

A partir de amanhã...

Fonte: Blog do Cosme Rímoli

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